A palavra chave em educação emocional é o auto-conhecimento!

“ (...) algumas mentes são estruturadas para criar sinfonias e sonetos, enquanto outras estão preparadas para construir pontes, rodovias, computadores, projetar aviões (...) ” (Mel Levine)



O autor Mel Levine, em sua obra intitulada Educação Individualizada, e constando na lista dos best-sellers do The New York Times, afirma que o cérebro de cada ser humano é único.

O autor é obcecado em ajudar as crianças a terem sucesso na vida e na escola. Segundo ele, “algumas mentes são estruturadas para criar sinfonias e sonetos, enquanto outras estão preparadas para construir pontes, rodovias, computadores, projetar aviões, dirigir caminhões e táxis, ou procurar a cura para o câncer de mama ou a hipertensão”.

Em seu trabalho, deixa claro que o progresso científico do mundo, depende do ato dos pais e educadores conhecerem as crianças e o jovens, bem como, suas reais aptidões. Se auto-conhecimento, é a palavra chave para a educação emocional, conhecer como cada criança pensa, sente, reage e aprende é dever dos pais e dos educadores.

Segundo o autor, a emoção das crianças muitas vezes é descontrolada, em função delas não conseguirem corresponder às expectativas dos adultos, por não conhecem como funciona suas mentes, sofrendo desgaste de sua auto-estima, sentindo-se mal consigo mesmos, pagando um preço absurdo por terem nascido com um determinado tipo de mente. Isentos da culpa, possuem cérebros que, de alguma forma, não atendem as necessidades de soletrar, escrever de modo legível, calcular com rapidez, etc.

O aprendizado se torna um problema para elas, pois as escolas se apegam a uma filosofia de educação “tamanho único”. Segundo o autor, pais e educadores precisam aprender a identificar padrões de aprendizado para estimular o potencial de cada criança gerando satisfação, alegria, ajudando as crianças e jovens a vencerem o fracasso.

Para o autor, educar a emoção é importante, mas essa educação deve estar pautada no conhecimento profundo dos problemas com o Controle da Percepção-Recepção e Expressão como cada criança aprende.


O Dr. Mel Levine, afirma que atualmente, muitas crianças e jovens apresentam problemas com o controle da Percepção – Recepção e Expressão , e não tem a menor noção dos seus problemas internos, pois não se conhecem.

Apresentam o seguinte comportamento:

Problemas no controle da Percepção-Recepção:

•Distraem-se facilmente com sons
•Esquecem o que acabaram de ouvir
•Perdem informações importantes
•Mentes inativas enquanto ouvem
•Devaneiam
•Não se concentram
•Ficam entediados
•Precisam de agitação

Problemas com o controle da Expressão:

• Não pensam antes de agir/impulsivos
• Não planejam tarefas
• Fazem a primeira coisa que vem à mente
• São hiperativos/inquietos
• São desorganizados
• Cometem erros por desatenção
• A punição é indiferente
• Não aprendem com a experiência
• Cometem sempre os mesmos erros
• Não pensam nas decisões

Segundo o Dr. Mel Levine, quando as crianças ou os adolescentes não conseguem controlar o seu comportamento, isso indica apenas não têm sua inteligência emocional desenvolvida, não são maus ou criminosos.

Nesse caso os pais precisam:

• Considerar o comportamento como uma questão de controle – algo que pode ser aprendido – dessa forma, pode-se ajudar uma criança a ficar livre de encrencas.
• Ensinar a criança e o jovem a recepcionar e expressar seus sentimentos, emoções, informações.
• Ensinar a pensar – parar – pensar – expressar (contar até 20 antes de agir, reagir, ...)
• Ensinar a respirar fundo, numa situação de conflito antes de explodir... ensinar a dar uma volta... sair de cena... a escrever uma carta... um bilhete...
• Ensinar a refletir sobre as conseqüências de seus atos. Se eu disser isso? Se eu fizer isso? Vou arranjar encrenca? Que tipo de encrenca? Serei punido?
• Ensinar a parar – sentir - ouvir – observar - pensar – expressar
• Incentivar a descobrir qual o estilo de aprendizado: auditivo, visual, sinestésico.
• Estimular a memória emocional positiva.
• Ensinar a discernir as emoções negativas (destrutivas) das positivas (construtivas).
• Deixar claro que as emoções negativas nos deixam descrentes e confusos quanto a nossas metas e nos permite uma visão distorcida dos fatos, nos deixando inquietos e inseguros.
• Ensinar a valorizar o que temos e a examinar o que somos.



• Ensinar sobre a vergonha de si mesmo – esse sentimento acompanha a maior parte das crianças e dos jovens, pois sentem medo de não serem aceitos pelos outros. Nesse sentido, a vergonha é sintoma da não-aceitação de uma auto-imagem. É ainda, uma tentativa da criança ou do jovem não olhar para as suas fragilidades porque se sente incapaz de lidar com elas. Nesse caso, a vergonha significa perda da admiração por eles mesmos.
• Ensinar sobre a culpa - a culpa é autocondenação por sentir-se incapaz de algo, as crianças praticam a auto-sabotagem, acreditam que merecem ser punidas. Carregam a culpa que para eles é vergonha ou remorso por algo que fizeram. Entre a exigências da sua consciência e os atos concretos surge o sentimento de culpa que pede por reparação.
Repletos de culpa e vergonha não se sentem dignas de ter uma vida de qualidade, assim se sabotam.
• Ensinar sobre a auto-estima - a auto-estima é a capacidade de auto-admiração, auto-aceitação, é permitir que a criança e o jovem descubra que podem se tratar bem, mesmo que sejam maltratados pelos outros.

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