Eduque a emoção dos seus filhos!

“Crianças com equilíbrio emocional serão adultos inteligentes e felizes” (Gardner)


Nossa vida emocional tem sido sistematicamente negligenciada por nossa cultura.

Nossa educação, baseada em princípios cartesianos, coloca ênfase nos processos intelectuais e cognitivos. No entanto, a felicidade e bem-estar, tão almejado por todos, depende muito mais de nossos processos emocionais que dos intelectuais. Quase todos nós sentimos que a vida pode ser muito mais intensa.

Ansiamos por melhores relacionamentos, pela conexão com o outro, pelo entendimento mútuo.
Estamos sempre buscando maneiras indiretas, artificiais ou dissimuladas de experimentar emoções.

Assistimos filmes românticos, de terror, ficção ou aventura, séries de TV, ficamos horas no MSN, ORKUT, etc. Essas atividades nos proporcionam um gostinho daquilo que desejamos sem o risco da participação real. Obviamente, há uma necessidade premente de romper com o ciclo da violência e do entorpecimento emocional.

Complicamos tudo, mas a verdade é que precisamos de pouca coisa para viver, coisas simples como um sorriso, um abraços, ou de uma frase simples, eu preciso de você, eu te amo.

Educar a emoção das crianças e jovens, é preciso?


A questão da educação emocional é complexa, as dificuldades emocionais das pessoas são consideradas um problema particular, que cada um deve resolver individualmente.

Os recentes estudos das ciências da mente e do comportamento (psiquiatria, psicologia, neurofisiologia), principalmente o trabalho do psicólogo e jornalista americano, Daniel Goleman, PhD pela Universidade de Harvard, que em seu livro, que se tornou um grande best-seller, intitulado "Inteligência Emocional – apresentou uma teoria Revolucionária que redefiniu o que é Ser Inteligente" - questionando o velho mito de que devemos sobrepor a razão à emoção, como vimos no artigo anterior.

Goleman, faz uso do trabalho de Gardner no campo das inteligências múltiplas, do programa de neurolíngüística de Grinder e do aprendizado acelerado de Alistair Smith.

O autor têm enfatizado a importância das emoções no desempenho profissional das pessoas e garante que o sucesso está atrelado a aptidão emocional, que auxilia na superação das dificuldades de relacionamentos afetivos, familiares, escolares, de interação social e no trabalho.

Em virtude dessas descobertas, as pessoas têm tomado consciência da importância de suas aptidões emocionais para o seu bom desempenho pessoal e profissional.

Segundo o psicólogo Daniel Goleman, a expressão “Inteligência Emocional” é uma redundância, pois, a inteligência é uma só, nosso cérebro funciona como um todo integrado incluindo aspectos cognitivos e emocionais.

A novidade é a valorização dos aspectos emocionais da inteligência, os quais durante muito tempo foram negligenciados. Nossos sentimentos e emoções eram vistos como algo a ser reprimido e controlado para não perturbar nosso raciocínio lógico.

Segundo Goleman, a inteligência emocional é a capacidade de controlar e usar as nossas emoções para desenvolver nosso sucesso em todos os aspectos de nossa vida.

Em sua obra ele deixa claro que podemos aprender a lidar com as emoções, assim como aprendemos a lidar com a Matemática ou com a Física, tendo maior ou menor talento segundo nosso grau de Q.E. (quociente emocional). Para ele, o conhecido Q.I. (quociente de inteligência) é insuficiente para determinar se alguém poderá ter sucesso ou não na vida, pois mede apenas, algumas das funções cerebrais, especialmente a capacidade de fazer conexões lógicas e racionais.

As tensões da vida moderna, o estresse, a frustração, a depressão, a ira, a insatisfação, a irritação, a raiva, a mágoa, a tristeza, a ansiedade, a melancolia, a baixa auto-estima, são sentimentos negativos que alteram o estado emocional, provocam desequilíbrio emocional que interfere no aprendizado e na qualidade dos relacionamentos. As conseqüências são terríveis, remetem ao uso de drogas, impedem o desenvolvimento de carreiras brilhantes.

É preciso ensinar aos jovens como controlar e dominar os impulsos negativos e a perceberem emocionalmente a si mesmos e aos outros. Como andam as emoções dos seus filhos? E as suas?

Será que eles se sentem sufocados? Será que se descontrolam? Se desesperam por nada? É possível educar as emoções das crianças e jovens?

Segundo Goleman, ninguém pode agir inteligentemente sem SENTIR E COMPREENDER AO MESMO TEMPO.

Para ele as crianças com equilíbrio emocional serão adultos inteligentes e felizes.

A Educação Emocional é o desenvolvimento das cinco aptidões emocionais básicas nas crianças e jovens:

- Capacidade de perceber, avaliar e expressar corretamente uma emoção.
- Capacidade de gerar ou ter acesso a sentimentos quando eles puderem facilitar sua compreensão de si mesmo ou dos outros.
- Capacidade de compreender as emoções e a expressão dos sentimentos dos outros.
- Capacidade de controlar as próprias emoções para promover o crescimento emocional e intelectual, expressar de forma adequada os próprios sentimentos.
- Capacidade de remediar danos emocionais (reparação): desenvolver a capacidade de reconhecer os próprios erros em relação aos outros e de reparar os danos que isto possa ter causado, ou seja, saber desculpar-se efetivamente.

Acredito que construir uma geração mais saudável emocionalmente, depende de cada um de nós!


Por isso, ouça essa canção:
Vai com calma, vai na manha, vai na paz, vai na fé!

2 comentários:

Clau disse...

Seu trabalho é bárbaro!

Diana R disse...

Incrível!
Nunca havia pensado, em como as emoçoes e a inteligência estão interligados.
Parabéns pelo seu trabalho!