Saiba que a ausência de limites não é o único fator responsável pela variação de humor das crianças e dos jovens, o outro culpado é o cérebro!

Para que pais e educadores não fiquem nervosos, não acabem tendo infartos, crises de pânico, depressões profundas e carregando culpas desnecessárias, informamos nesse momento que um outro grande culpado, responsável pela à variação de humor das crianças e jovens é o cérebro, a culpa é das partes do cérebro deles que processam as emoções e a tomada de decisões e que estão com os comandos praticamente adormecidos, claro que podemos também culpar as mudanças hormonais e a falta de limites que geram comportamentos agressivos.


Assim, devemos culpar também os neurônios, os benditos neurônios e o processo de desenvolvimento de novas conexões ou sinapses.


Pasmem: os pesquisadores descobriram que a maior parte das conexões realizadas até os nove anos, morrem, desaparecem, são substituídos, num processo chamado “poda”, e até que todo o córtex frontal tenha sido podado, os adolescentes não tem condições de realizar bons julgamentos e vão apresentar alterações de humor e problemas de coordenação motora.


O cérebro de um adolescente está mais próximo do de uma criança do que de um adulto. Assim, eles não quebram a sua xícara de porcelana chinesa, aquela que herdou da sua bisavó e que você adorava, por que eles não tem consideração e respeito pelas suas coisas, mas porque estão em formação e nesse processo apresentam problemas de coordenação motora. Mas calma, tenha fé, tenha esperança, tudo se estabiliza assim que o circuito nervoso se completar, até os 20 anos.


Você que está lendo esse artigo e tem um filho (a) pré-adolescente, ou um sobrinho, que ora grita, chora, esperneia, se desespera, xinga, e em outro momento sorri, parece calmo, feliz, amável, amoroso, agradável, fique calmo, pare de se culpar, a partir de hoje culpe o cérebro deles que ainda não funcionam como o dos adultos.


Sempre acreditamos que os adolescentes pudessem pensar como nós, os adultos, mas neurocientistas descobriram que isso não acontece e que a última parte que amadurece no cérebro é a do julgamento do som e das emoções desenfreadas. Por isso, jovens com 17 anos, não pensam duas vezes antes de entrarem em um carro dirigido por um colega bêbado.


E tão pouco, pensam duas vezes para transarem com segurança, com preservativos, pois, eles não tem todo o circuito nervoso instalado e assim não conseguem julgar as situações de forma adequada como um adulto faria. Nessa fase são guiados pelo impulso, não pensam e as conseqüências são desastrosas.


Esperamos que a partir dessas informações, seja possível adquirir maior compreensão e compaixão em relação ao processo de desenvolvimento dos jovens. Recomendamos cuidado, muito cuidado e a dobrarem o zelo durante o desenvolvimento das crianças e jovens.


Para que eles floresçam, se desenvolvam plenamente e sejam felizes, precisam dos nossos cuidados até no mínimo os seus vinte anos. Não podemos esquecer: eles só tem tamanho, o cérebro não está pronto. O cérebro deles é como o cérebro de uma criança de nove anos. Não julgam os riscos como um adulto. Alertem sobre os perigos a que estão sujeitos até os vinte anos, até os vinte anos.


Acreditamos que nesse momento, com essas informações, podemos dar o primeiro passo rumo a tornar mais fácil a educação das nossas crianças e jovens, e podemos concluir, que os adolescentes não são loucos, malucos, irresponsáveis, desajeitados, estabanados como costumamos acreditar, estão em processo de formação das conexões entre os seus neurônios e por isso são inocentes.


Precisamos entender o processo e ajudá-los. Precisamos nos acalmar para poder acalmá-los.

Pai, mãe, educador, que estão lendo esse artigo, não se esqueçam: quando o seu filho ou filha gritar, berrar com você, quando ele (a) jogar o tênis na porta, o giz na lousa, quando ele (a) quebrar seu jogo de jantar, não é porque ele (a) é mal educado, estabanado (a) ou porque você foi ou é um péssimo pai, uma péssima mãe ou um péssimo educador, que não sabe colocar limites, é porque ele não está com o seu cérebro todo formado. O cérebro não está pronto. Olha que fantástico! Com essa informação, aumentará a sua compreensão quanto ao processo de desenvolvimento biológico deles e não precisará se culpar, ficar nervoso, doente, achar que errou na educação deles, que é um péssimo pai ou uma péssima mãe ou um péssimo educador, não de jeito nenhum! Não se esqueçam: a culpa é dos neurônios, dos benditos neurônios e os adolescentes não tem a menor noção disso. Oriente-os.

Coloque limites com amor, sabendo que o cérebro deles não está pronto, daí a necessidade constante de orientação, limites e eterna vigilância. Até os 20 anos!

Um comentário:

Anônimo disse...

Querida Tânia
Eu fiquei encantada com a sua palestra,renovei minhas idéias e atitudes,tanto na minha vida profissional como na pessoal.
Desejo que você continue levando fé e coragem a todas as professoras.
Beijos...
Angélica
Limeira S.P